sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"Mundo"

Nesta competição acelerada, sem freio nem marcha, ainda deu tempo de parar e olhar ao lado.
Parado mas funcionando, via-se a realidade antes considerada utópica.
Nesse jogo não se sabe quem adversário ou parceiro. Nesta guerra, nunca se sabe quem é aliado ou inimigo.
Se olharmos a "lato sensu", ficamos divididos. Ao optar por "stritus sensu", tornamos egoístas.
Derrepente, imagine-se num corredor, onde as paredes são pintadas por quadros vivos. Vê-se lá, que o mesmo que matava agora era morto. o mesmo que morria pedia ajuda a um velho inimigo.
Doava-se balas. Quem deliciava de seu doce era os próprios doadores. Vestiam os necessitados. Nas camisetas e blusas doadas, estampava a propaganda do solidário.
Ali era assim. Para jovens, ao invés de uniformes, fardas. Para velhos ao invés de descanso, descaso.
Não se chega em casa alheia mais na hora do almoço. Liga-se com antecêdencia e deposita o valor do prato. Aliás, da comida. O prato descartável lavou-se várias vezes.
Não ouve-se mais voz. Apenas engrenagens. Engrenagens tocadas pela força do vento, que não param nunca.
Num momento, o arranco, o tranco, num pescoço acostumado a nunca deitar-se. Pilotos automáticos da vida, onde mais uma vez, começou a competição, que sem a espontaneidade subjetiva aconteceu.
GusPA

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